‘Todo cidadão israelense conhece alguém que foi morto, sequestrado ou está desaparecido’, diz pernambucana que serve no Exército de Israel

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Atuando no Batalhão de Infantaria de Reservistas do Exército de Israel, a socióloga pernambucana Janine Ayala Melo, 29 anos, descreveu como um horror o cenário no país após o ataque terrorista promovido pelo grupo extremista armado islâmico Hamas. Mais de 1,2 mil pessoas já morreram durante o conflito.

De acordo com Janine, todo cidadão israelense conhece alguém que foi morto, sequestrado ou está desaparecido após os ataques por terra e ar.

“A mãe de um amigo meu foi assassinada ontem na casa dela. Os avós de um amigo meu estão desaparecidos desde ontem, um deles com Alzheimer. Uma conhecida minha, que estudou comigo, está desaparecida. […] O filho do meu superior no Exército foi morto, enquanto o pai estava fora de Israel. Ele veio correndo para poder pelo menos enterrar a criança”, narrou Janine.

O batalhão em que a brasileira está servindo é responsável pela proteção da cidade de Ascalão, próxima à fronteira norte da Faixa de Gaza, território governado pelo Hamas. No sábado (7), a cidade chegou a ser invadida por terroristas, mas numa escala menor que em outros locais do país.

Janine mora em Berseba, mais ao sul do país, a cerca de 65 quilômetros de onde ela está. A brasileira foi acionada para se deslocar até Ascalão logo após o início dos ataques, por ser reservista, o que significa que ela pode ser convocada em períodos de guerra.

Mapa: o que é o Hamas e onde ele atua

Mapa: o que é o Hamas e onde ele atua

“Meu batalhão especificamente está responsável por essa área na qual eu me encontro. Outros batalhões estão na área perto da faixa de Gaza. E estão já se preparando para entrar. A gente não sabe se isso vai acontecer ou não. Mas está tendo a preparação”, explicou.

Segundo Janine, os terroristas não estão restritos à Faixa de Gaza. “Eles estão dentro de Israel ainda. Hoje mesmo de manhã a gente teve um caso de terroristas que passaram da faixa de Gaza e viajaram com o carro por uma das rotas que têm aqui perto”, disse.

Para ela, é importante que as pessoas compreendam que nem todos os árabes apoiam o terrorismo. “Há várias pessoas também da mesma etnia que são contra”, ela explica.

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