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Pelo menos uma dezena de boletins de ocorrência foram abertos na Delegacia de Serra Talhada ao longo dessa última semana dando conta de um golpe aplicado por um suposto ‘pastor-construtor’. O Farol de Notícias apurou que famílias foram prejudicadas em, pelo menos, três bairros, AABB, Caxixola e Ipsep, com a venda de projetos de construção que nunca saíram do papel, mesmo havendo um pré-acordo de pagamento de grandes quantias em dinheiro. Segundo as vítimas, o golpista vem prometendo construir casas, chega a firmar contrato, mas em vários casos não deu mais resposta aos clientes, sumindo com o dinheiro. Hoje é considerado foragido da polícia. Conforme as vítimas, o suposto pastor vem agindo ao lado do genro e da própria filha, que disponibilizam suas contas para receber os depósitos. A Polícia já está à procura do grupo. Num dos golpes, relatado por uma das vítimas na Delegacia de Polícia Civil, o ‘pastor-construtor’ acordou levantar uma casa por R$ 195 mil. Ele exigiu como ‘sinal’ para começar os trabalhos R$ 45.500 mil. Após começar a ser cobrado pela cliente, devido à demora, ele sumiu. Revoltadas, as vítimas vêm compartilhando fotos do ‘pastor-construtor’, da sua filha e do seu genro nas redes sociais, divulgando inclusive o nome da empresa de construção que os suspeitos administram.

O que Diz as Vítimas:

Flávio Luiz, 36 anos

“Todo mundo tem o sonho da casa própria, eu sou um deles e causa de muita burocracias não conseguimos um financiamento pela Caixa. Vimos uma publicação de um amigo anunciando essas casas, ele pedindo 30% do valor da casa de entrada e parcelando o restante em 120 parcelas fixas e sem burocracia. Chamou atenção e nós fomos lá na Caxixola, ele mostrou o terreno e ele disse que era um pastor que construía. Fui falar com o pastor pessoalmente, eu e minha esposa. A gente conversou, ofereceu a forma de pagamento, negociamos um valor um pouco a baixo da entrada e finalizamos com entrada de R$ 12 mil e parcelamos o restante em 120 vezes de R$ 650. A gente gostou da oferta, perguntei se já tinha entregue algumas casas e ele falou que sim, peguei o CNPJ consultei, estava uma empresa ativa e confiamos. Isso em novembro de 2020, ele falou que em 2021 começava as obras, dia 2 de janeiro, chegou o dia e ele não começou a obra, mesmo assim a gente pagou a primeira parcela. Fevereiro, agente deu novamente a parcela, falei com ele e falou que teve atraso, mas que ia começar. Em março, falei com minha esposa que não íamos mais continuar e iramos falar com ele para ver o que estava acontecendo e se fosse o caso ele devolveria nosso dinheiro. Comecei apertando ele e ele falando que começava, hoje, começava amanhã, que ia devolver o dinheiro, finalizando que na última sexta-feira (26) quando acordei estava à foto dele estampada nas redes sociais dizendo que ele estava dando golpe no pessoal e fugiu de Serra Talhada. Fui na delegacia e começou se espalhar a notícia, na sexta-feira tinha umas 10 pessoas na delegacia tudo denunciando esse rapaz. Ele também agiu de má fé com o pessoal da igreja dele. Fez empréstimo no nome de várias pessoas, pegou o cartão de uma senhora que também estava na delegacia, no final, ele fez um empréstimo no valor de R$ 5 mil no nome dessa senhora. Eu levei um prejuízo de R$ 13.300, mas teve pessoal que tiveram prejuízos R$ 60 mil, de R$ 50 mil, R$ 25 mil, ou seja, todos que estamos num grupo de WhatsApp, juntando tudo tem aproximadamente uns R$ 200 mil na mão desse bandido. Esse senhor anda com o genro como representante dessa empresa. Estão junto: esse pastor, o genro, a filha do pastor e a esposa, que foi até na conta dela que fiz o depósito. Alguns que estão no grupo do WhatsApp fizeram o depósito na conta da filha dele. Estão todos foragidos”. Relato de uma empresária que atende na Praça Sérgio Magalhães e pede para ter a identidade preservada “Eu liguei para esse senhor e ele veio até minha empresa com um senhor e disse que tinha que dá 30% do valor da casa, o valor da casa era R$ 195 mil e eu não tinha o valor todo. Coloquei R$ 45 mil na conta dele, a gente olhou o CNPJ da empresa e é no nome do genro dele. Fez o contrato, reconheceu firma no nome do genro dele, que é o nome da empresa. A gente transferiu os R$ 45 mil reais para a conta do genro da conta do meu irmão e ficou as parcelas de R$ 500 reais. Em junho ele me dava a casa e eu dava mais R$ 15 mil ou R$ 20 mil a ele e dividia o restante em 10 anos. Isso foi em dezembro de 2020, disse que ia começar em janeiro, chegou janeiro e nada, fevereiro e março, nada. Foi quando me toquei e pedi meu dinheiro de volta. Ele disse que não tinha condições de dá o dinheiro agora e veio com um cheque da filha dele, só que o cheque estava prescrito, eu depositei no Santander, mas não tinha fundo”. As informações são do Blog Farol de Notícias.

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1 thought on “Suposto Pastor Golpista em Serra Talhada

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