Encontro de neonazistas é interrompido pela polícia em SC; 8 são presos

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Foto: PCSC/Divulgação

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A celebração anual de uma célula neonazista interestadual foi interrompida pela Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) nesta segunda-feira (14/11), em uma operação que resultou na prisão de oito homens que faziam parte do grupo. A operação ocorreu em um sítio localizado em São Pedro de Alcântara, próximo a Florianópolis e foi divulgada na terça-feira (15/11).

As informações são do g1 SC. No local da prisão, os policiais da Delegacia de Repressão ao Racismo e a de Delitos de Intolerância da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC/PCSC) encontraram revistas e panfletos – alguns com a imagem do ditador nazista Adolf Hitler –, adesivos com suásticas e objetos com símbolos supremacistas.

A polícia também descobriu que o município de São Pedro de Alcântara foi escolhido como o local da reunião anual por ser a primeira colônia alemã em Santa Catarina, em 1829.

“A investigação teve início após troca de informações de inteligência com policiais militares de Santo Amaro da Imperatriz para apurar denúncia de que um encontro neonazista ocorreria em São Pedro de Alcântara, na região da Grande Florianópolis. Aprofundadas as investigações, descobriu-se o local do fato e o objetivo do encontro”, descreve a PCSC em nota publicada no site do órgão.

Os presos têm entre 22 e 48 anos, mas não tiveram os nomes divulgados. No entanto, a polícia revelou detalhes sobre alguns deles: um dos homens faz parte de um grupo skinhead internacional, conhecido por ser de extrema direita; quatro são do Rio Grande do Sul, um de Santa Catarina, um do Paraná, um de Minas Gerais e um de Portugal.

Outros dois têm passagem por envolvimento em crimes de homicídio por intolerância racial. O primeiro deles, inclusive, usava uma tornozeleira eletrônica no momento da prisão, por ser condenado por uma tentativa de homicídio de um ataque skinhead contra judeus no Rio Grande do Sul.

O segundo homem foi denunciado por duplo homicídio causado por uma briga pela liderança de células neonazistas. O caso ainda não foi julgado pela Justiça. Todos foram presos sob a acusação de prática dos crimes de associação criminosa e racismo. Um deles também foi autuado por porte ilegal de arma de fogo e por portar munições.

Por: Correio Braziliense

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